ESTAÇÃO DE ANILHAGEM
A anilhagem científica de aves selvagens nas salinas do Samouco teve início em 1985, desenvolvendo-se de forma algo irregular até 2007. Nesse período foram essencialmente capturadas e anilhadas crias de espécies que nidificam nas salinas, como o borrelho-de-coleira-interrompida e o pernilongo. Em 2007 foi criada a estação de anilhagem das salinas do Samouco (EASS), com o objectivo de monitorizar os efectivos de aves selvagens que ocorrem nesta área. A localização das salinas do Samouco na margem Sul do Estuário do Tejo confere-lhe grande importância como local de paragem de inúmeras aves migradoras que utilizam o corredor do Atlântico Este.
A estação funciona com o contributo de um grupo de voluntários que permite o desenvolvimento dos vários projectos e a formação de novos anilhadores.
Actualmente estão a ser desenvolvidos os seguintes estudos:
- PEEC (Projecto das Estações de Esforço Constante), um projecto europeu de monitorização de espécies nidificantes;
- Migração e invernada de aves aquáticas que ocorrem no estuário do Tejo;
- Migração e invernada do Garajau, Sterna sandvicensis, no estuário do Tejo;
- Migração e invernada de passeriformes que ocorrem no estuário do Tejo;
- Biologia reprodutora das aves nidificantes nas salinas do Samouco, nomeadamente, o borrelho-de-coleira-interrompida, a chilreta e o pernilongo.
Desde 2007 foram anilhadas 7612 aves de 90 espécies.