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BURROS MIRANDESES

Os Burros em Alcochete / Salinas do Samouco

Em Alcochete os burros também estiveram ligados à agricultura e ao transporte de produtos, hoje apenas fazem parte das festas tradicionais sobretudo na festa do Círio Marítimo de Alcochete. No Domingo de Páscoa realiza-se o Cortejo dos Burros, que se caracteriza por um desfile de moças solteiras e senhoras casadas que, montadas em burros (enfeitados com flores campestres e lençóis brancos) saem pelas ruas.

O Burro de Miranda

Para perpetuar este património de importância social, cultural e ecológica, a Fundação das salinas do Samouco decidiu trazer para as salinas burros, visando os seguintes objectivos:

  • Conservação da única raça asinina autóctone de Portugal que está em vias de extinção, fomentando a reprodução de burros de Miranda;
  • Gestão do habitat com o controlo da vegetação dos muros das salinas através do pastoreio por burros;
  • Ecoturismo, realizando visitas de burro ao longo das salinas;
  • Acções de educação ambiental junto das escolas.

Características

Bem adaptada às condições edafoclimáticas de uma região desfavorecida, possui elevada capacidade para valorizar forragens pobres e grande resistência à escassez hídrica.

Dorso

Tendendo para a horizontalidade, curto e bem musculado; peitoral amplo com quilha saliente; tórax profundo; costado encurvado; garupa em ogiva mais elevada que o garrote, pouco destacada; espáduas curtas e bem desenvolvidas, com ligeira inclinação; ventre volumoso.

Pele e Pelagem

Pelagem castanha escura, com gradações mais claras nos costados e face inferior do tronco; branca no focinho e contorno dos olhos; hirsutismo acentuado com pelo abundante, comprido e grosso, aumentando em extensão e abundância nos costados, face entre ganachas, bordos das orelhas e extremidades dos membros, crinas abundantes; ausência de sinais.

Garrote

Baixo e pouco destacado.

Pescoço

Curto e grosso.

Membros

Grossos de articulações volumosas, providos de pelo abundante cobrindo os cascos, machinhos bem desenvolvidos; membros posteriores com tendência a serem estendidos e um pouco canejos; cascos amplos.

Cabeça

Volumosa e ganachuda de perfil recto; fronte larga e levemente côncava na linha mediana coberta de abundante pelo (chegando a formar-se sobre a fronte uma espécie de “franja”); arcadas orbitárias muito salientes; face curta de chanfro largo; canal entre gan lábios grossos e fortes; orelhas grandes e largas na base, revestidas no seu bordo interior de abundante pilosidade, arredondadas na ponta (formando uma espécie de borla) e dirigidas para a frente; olhos pequenos, dando o animal uma fisionomia sombria.

Andamentos

De grande amplitude mas lentos e pouco ágeis.

Temperamento

As características de excepcional rusticidade, sobriedade, longevidade e polivalência que caracterizam os asininos, a Raça Asinina de Miranda acrescenta ainda força e docilidade.

Aptidão

Os animais da raça são usualmente empregues em tração, cela e carga a dorso. Demonstram especial aptidão para a lavoura tradicional de minifúndio e são, embora residualmente, utilizados na produção mulateira. Atualmente, a raça encontra-se associada a novos usos, que procuram dignificá-los e garantir o seu bem-estar e qualidade de vida, como as actividades de foro recreativo e cultural, educativo e terapêutico.

Padrão da Raça

Aspecto geral – Animal bem conformado, com manifesta acromegalia, corpulento e rústico, com altura, medida com hipómetro ao garrote, nos animais adultos, maior que 1,25mt e inferior a 1,50mt. A altura recomendável é 1,35mt.

Em Portugal, até um passado recente, o burro foi sistematicamente subestimado e esquecido, não tendo sido desenvolvido qualquer programa de conservação. No entanto, as características do nosso mundo rural, nomeadamente nas regiões de interior, permitiram que o efectivo de asininos se tivesse mantido até aos dias de hoje. Foi precisamente na zona mais remota de Trás-os-Montes que se conservou aquela que é uma das últimas variedades autóctones de asininos no território nacional: a Raça Asinina de Miranda.

(Samões, 2000)

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A Fundação para a Protecção de Gestão Ambiental das Salinas do Samouco é uma instituição de direito privado e de utilidade pública, fundada em 28 de novembro de 2000, tendo em vista promover a conservação e a manutenção das Salinas do Samouco.
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A Fundação para a Protecção de Gestão Ambiental das Salinas do Samouco é uma instituição de direito privado e de utilidade pública, fundada em 28 de novembro de 2000, tendo em vista promover a conservação e a manutenção das Salinas do Samouco.

MORADA

Palácio dos Pinheirinhos, Complexo das Salinas do Samouco 2890-532 Alcochete

Coordenadas GPS: 38°44’39.41”N; 8°58’50.80”O

HORÁRIO

Segunda a Domingo 08:00 – 17:00

Excepções aos Sábados e Domingos:
De outubro a fevereiro está encerrado para almoço das 12h30-13h30.
De março a setembro abre 10:00-19:00 e está encerrado para almoço 13h30-14h30.

MORADA

Palácio dos Pinheirinhos, Complexo das Salinas do Samouco 2890-532 Alcochete

Coordenadas GPS: 38°44’39.41”N; 8°58’50.80”O

HORÁRIO

Segunda a Domingo 08:00 – 17:00

Excepções aos Sábados e Domingos:
De outubro a fevereiro está encerrado para almoço das 12h30-13h30.
De março a setembro abre 10:00-19:00 e está encerrado para almoço 13h30-14h30.

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